sexta-feira, 31 de maio de 2013

Impurity + Black Feast - split

Para quem acompanhou o fantástico underground black/death metal brasileiro de fim dos oitenta, início dos noventa, o nome Impurity está longe de ser novidade. Vindo da mítica Belo Horizonte, o Impurity foi uma daquelas bandas que, na onda do Sarcófago, levaram o black metal brasileiro aos limites do extremismo, granjeando-lhe fama mundial.
Neste split, lançado em cd e vinil pelo ótimo selo finlandês Kvlt, temos a ultrassatânica demo de estréia da banda: "Vomiting Blasphemies over Christ's Head", de 1989. Trata-se de material absurdamente tosco, no qual abundam vocais totalmente ininteligíveis e vomitados, guitarras caóticas e zumbidas, microfonias generalizadas, distorção no talo, bateria metralhada e andamentos quase sempre hiperacelerados. Ou seja, tudo o que se poderia esperar - felizmente! - do extremismo da época. Elementos de noise/grind, perceptíveis até na duração curta de algumas faixas, também afloram no som da banda, lembrando outro grupo brasileiro daquele período, o Necrobutcher, embora o Impurity seja indubitavelmente mais black. Aliás, a atmosfera blasfema que envolve a música da banda é impressionante. A produção, ainda que paupérrima, conferiu-lhe uma aura rude e negra muito eficiente. Além de Sarcófago, outra referência forte para o Impurity (e nada surpreendente) é o canadense Blasphemy, notadamente na bateria e nos vocais. Faixas como Night of Torment in the Cemetery dão bem a dimensão hecatômbica do som. É um verdadeiro prazer, para o fã de metal extremo, ouvir marretadas como essa! Um tipo de som raro hoje em dia. Vale registrar que, além da demo original, disponibiliza-se neste split uma regravação, obviamente mais bem produzida, da mesma demo, realizada em 2010. Somente o vocalista Ram Priest, entretanto, participou das duas sessões. Embora a regravação tenha ficado bem legal, não há como negar que a demo primitiva tem mais carisma.
A outra banda que divide este split com o Impurity (e que até então me era desconhecida) é o finlandês Black Feast. Vamos logo ao ponto: esse Black Feast é uma das coisas mais fodas que ouvi no cenário black metal nos últimos anos. Talvez só o Goat Semen, do Peru, tenha me deixado assim tão embasbacado. Puta som maravilhoso! Eu poderia elencar um monte de adjetivos para qualificar o som dos caras, mas basta uma palavra para descrevê-lo: BEHERIT. Mais especificamente, Beherit da demo Demonomancy, só que com uma produção melhor. É incrível como o Black Feast conseguiu capturar aquela malignidade que exalava do som do Beherit ali pelos sombrios anos de 1990, 1991. Riffs muito inspirados, bateria e baixo monolíticos, vocais mezzo vomitados, mezzo sussurrados, tudo exatamente como a turma de Holocausto Vengeance fazia em seus melhores anos. Duvida? Então ouça Celebration of Death e tire suas próprias conclusões. Ouso dizer que o Black Feast soa mais parecido com o clássico Beherit do que o próprio Beherit atual, que recentemente voltou à ativa depois de quase vinte anos de ausência da cena. Banda simplesmente fuderosa! Absolutamente obrigatória para fãs de podreiras black/death da velha escola. Embora o Black Feast seja relativamente novo, sua discografia já é extensa, contando com várias demos, três delas lançadas quando a banda ainda atendia por outro nome: Ofdoom. Depois de ouvir este split, tratei de fuçar a internet e conseguir o que pudesse do conjunto, o que não foi muito fácil (só consegui duas demos), já que os itens são super limitados e estão praticamente esgotados. Rogo para que os caras não demorem muito a gravar seu primeiro full lenght. Quando a banda chega nesse nível de excelência, a demora em gravar um lp pode custar a perda do momento certo. Já vi acontecer com outros. Seria criminoso se acontecesse também com esse estupendo Black Feast. A propósito, li na metal-archives.com que a banda mudou novamente de nome, agora para Blasphemous Witchcraft. OK. O que não pode mudar é o som.

As elaboradíssimas capas do split

terça-feira, 21 de maio de 2013

Necro "Gore Ceremony"

A nova e ativa gravadora italiana Terror from Hell, que já disponibilizou para nós, ávidos colecionadores, itens relevantes como a compilação de demos do Black Prophecies e a do Ghostrider/Necrodeath, traz-nos agora o ótimo debut cd do Necro. A onda do lombardo Necro é o death metal old school americano, marcadamente o oitentista. Vocais gore, muitas mudanças de andamento, nas quais se alternam eficientes passagens doom e momentos de total speed (mas sem descambar para o grind), riffs criativos e uma excelente cozinha, com destaque para o trabalho do baixo, que volta e meia irrompe com um fraseado distinto e muito bem sacado: são essas as características do death metal do Necro. Um toque de humor negro, mas sem converter os italianos numa tola joke band, é também perceptível no som, principalmente no desempenho vocal, que abusa de "vômitos" e "arrotos" caricatos na linha do que o Chris Reifert fazia no Autopsy e no Abscess. Ouça-se, a esse propósito, a divertida "Genetical Abomination". Aliás, o Abscess, com sua pegada punk, o velho Impetigo, o Necrophagia (do "Holocausto de la Morte"), e o Deceased (do "Luck of the Corpse"), esse último principalmente nas mudanças inusitadas de andamento, são as influências mais óbvias dos italianos. Embora a música não tenha nada de radicalmente novo, em nenhum momento, durante a audição do disco, fiquei com aquela sensação desagradável de pastiche de outras bandas. De modo algum. Os caras do Necro conseguiram destilar com criatividade suas influências numa música de inegável personalidade. Outro ponto positivo, e que ajuda a conferir uma sonoridade singular à banda, é a gravação saturada e "engordurada" dos instrumentos, principalmente do baixo e das caixas da bateria, que formam uma camada densa sobre a qual são despejados os riffs das guitarras. Esse já é o quarto registro do Necro, que conta com uma demo lançada em 2009 e dois splits anteriores lançados em vinil. Registre-se que "Gore Ceremony" foi também lançado em vinil pela Iron Bonehead, da Alemanha. Banda realmente muito legal. Especialmente recomendada se você procura um competente death metal com a dose certa de humor.

Os "necrobrothers"

A "sangrenta" capa de Gore Ceremony - terror e humor na dose certa

sábado, 18 de maio de 2013

Black Goat Terrorist 666 - demo label

Recentemente fiz uma compra no excelente site americano Hellsheadbangers. No pacote, inclui cinco demos de death/black metal de bandas desconhecidas - demos são um dos poucos itens que ainda arrisco meu dinheiro sem conhecer bem o som das bandas. Quando o material chegou às minhas mãos, notei uma coincidência. Todas as demos eram lançamentos de uma tal Black Goat Terrorist 666. Há quinze anos teria de mandar uma carta para um endereço qualquer e esperar vários meses. Com sorte, findo esse prazo, teria recebido um catálogo xerocado pelo correio. Hoje, com a internet, em menos de três minutos já estava com o catálogo na tela do meu computador. E que catálogo interessante! A equatoriana Black Goat Terrorist dedica-se primordialmente à difusão de demos atuais de bandas extremas do underground, bem como ao resgate e à reedição de demos de bandas mais antigas e clássicas do metal porrada (Rapeslay of the Virgin Mary, demo de 97 do filipino Deiphago, por exemplo, foi novamente disponibilizado pelo selo). Registre-se que as demos têm apresentação profissional, contando com capinhas impressas e plásticos de identificação grudados no corpo da fita. Além dos lançamentos próprios, que já alcançam mais de trinta títulos, a Black Goat Terrorist 666 comercializa uma lista bem grande de demos de bandas obscuras de death, black, war black e black thrash metal. Nomes que até então me eram totalmente desconhecidos como Hell Molestor, Goat Invocation, Goatbaphomet, além de outros mais manjados como Deiphago, Unholy Crucifix e Nihil Domination (essa última é a banda do proprietário do selo, Guillermo Garces, aka Blasphemous) fazem parte da lista. O site vende também alguns vinis e cds, mas o foco, indubitavelmente, são as demos. Ainda não fiz nenhuma compra direta com o Guillermo, em parte porque, infelizmente, o cara não trabalha com paypal, o que dificulta a transferência do dinheiro. Mas pretendo fazê-la no futuro próximo. Gravadora cult para lançamentos no formato mais cult (segundo alguns) existente: a velha fitinha demo. Porém, cuidado, segundo o aviso solene postado no site: "SOLO GENTE REAL INTERESADA, COLECCIONISTAS, DEMONIOS ENFERMOS DEL METAL." Portanto, se você é poser, mantenha distância!


O logo da Black Goat Terrorist 666

A primeira demo do Nihil Domination, banda do Guillermo Garces, proprietário da Black Goat Terrorist 666

PS. Notei que o catálogo constante do site está bem defasado. Recomendo a quem tiver interesse no material do selo entrar primeiro em contato com o Guillermo para pedir um catálogo atualizado.

sábado, 11 de maio de 2013

Metalion - The Slayer Mag Diaries

Mês passado, ao comentar no blogue sobre a publicação, em um único volume, das edições do zine alemão "Voices from the Darkside", registrei que não deveria demorar muito até que outras revistas lendárias seguissem o mesmo caminho.
Pois é, não demorou. A bem da verdade, a "Voices from the Darkside" nem mesmo foi a pioneira.
O que temos aqui é a compilação integral (são mais de setecentas páginas!) dos vinte números editados pela "Slayer Mag", da Noruega, de fevereiro de 1985 até dezembro de 2010. Para quem não sabe, a "Slayer Mag" foi um daqueles zines míticos de larga circulação no underground metálico mundial, cuja difusão se apoiava, em boa parte, sobre a estrutura montada para o tape-trade dos anos 80 e 90. Jon Kristiansen, ou simplesmente Metalion, era o faz tudo da revista, sendo responsável pela maior parte das entrevistas, arte, edição, montagem, colagem, xerox, distribuição, etc.. Por vezes contava com a ajuda de gente que, então meros integrantes de bandas de garagem, depois veio a se tornar conhecida no metal mainstream. Nomes como Nicke Anderson, do Nihilist/Entombed, Bill Steer, do Napalm Death e Carcass, e Dead, do Morbid e Mayhem.
A leitura dos números do zine em ordem cronológica é um passeio completo pela evolução do metal. O que é mais bacana: um passeio seguindo a trilha do metal verdadeiramente underground. Da época em que Venom, Bathory e Hellhammer eram a epítome do radicalismo, passando pela explosão do thrash e do speed metal, pela consolidação mundial do death metal e pela ascensão meteórica do black metal norueguês, todos os momentos relevantes da cena nas últimas duas/três décadas estão retratados na "Slayer Mag".
De se ressaltar o impressionante conhecimento do Metalion sobre o underground metálico mais duro - a propósito, um sujeito que tem as demos originais do Hellhammer na sua coleção particular, como o Metalion afirma ter no prefácio do livro, tem mesmo de ser respeitado. Embora eu não me considere um ignorante no assunto, devo confessar que, sobre algumas das bandas resenhadas na revista, eu jamais havia ouvido falar. Trata-se, sem dúvida, do underground do underground. Negócio feito por alguém que efetivamente vivia a cena.
Antes da reprodução de cada número da revista, há uma introdução escrita pelo próprio Metalion, mais ou menos em forma de diário (daí o nome da compilação), na qual ele contextualiza a publicação, usando como pano de fundo as viagens, festas e as inevitáveis amizades no meio musical que ele fez durante a vida. Tudo bem leve e escrito sem nenhum traço de autoindulgência. 
Como nem tudo são flores, porém, cabe uma crítica. É certo que a "Slayer Mag" diferia dos demais zines em razão da peculiar personalidade zombeteira do Metalion. Não há nada de mau nisso. Ao contrário, o humor indubitavelmente conferia uma qualidade vivaz ao seu texto. Contudo, em não poucas ocasiões, essa preocupação excessiva em soar engraçado, irônico ou inusitado termina por manchar gravemente matérias e entrevistas com observações e perguntas tolas. Longe de serem engraçadas, geram só irritação. Algumas entrevistas inteiras são perdidas com bobagens assim. Ora, questões do tipo "como será o próximo disco", "onde serão os próximos shows", ou mesmo a batida "como a banda começou", podem, sim, tornar-se cansativas e chatas para a banda e para o entrevistador, mas sua razão de ser é evidente: são importantes para os leitores.
Os quatro primeiros números da revista, bem como o zine anterior editado pelo Metalion ("Live Wire", também incluído na compilação), estão escritos no - para mim - ininteligível norueguês. Daí em diante os textos já são integralmente em inglês. A impressão do livro é muito boa e bem cuidada (a minha cópia é da segunda tiragem), como, aliás, costumam ser os lançamentos da Bazillion Points, editora americana especializada no mercado heavy metal. Não custa lembrar que foi também a Bazillion Points a responsável pela publicação, entre outros títulos, da ótima autobiografia ilustrada do Hellhammer, do competente livro sobre death sueco do Daniel Ekeroth e do mais mainstream "Heavy Metal - a História Completa", do Ian Christe (esse último já traduzido para o português).




sexta-feira, 10 de maio de 2013

Mais relançamentos em vinil - Earache e Relapse Records

A onda de relançamentos em vinil, iniciada anos atrás graças à iniciativa pioneira, em grande medida, de selos menores como a alemã High Roller Records e a americana Doomed Planet, chegou com plena força às majors. Todas as principais gravadoras de death metal dos anos noventa - Century Media, Black Mark, Earache, Peaceville, Relapse, Nuclear Blast, Roadrunner - estão reeditando em vinil álbuns clássicos de seus antigos catálogos. Dada a avidez dos colecionadores, muitas dessas edições, limitadas a algumas centenas de cópias, já estão, inclusive, esgotadas, sendo hoje encontradas somente em sites como o e-bay por preços obviamente inflacionados. Uma das majors que mais tem investido nessas edições limitadas especiais é a inglesa Earache, proprietária de um catálogo invejável, que inclui os primeiros do Morbid Angel, Napalm Death, Carcass, Bolt Thrower e Entombed.


As diversas versões coloridas do relançamento de Necroticism: Descanting the Insalubrious, do Carcass

As versões do relançamento de Left Hand Path, primeiro do Entombed

O colecionador tem de ser rápido. Eu mesmo demorei pra me mexer e, quando resolvi fechar uma compra na Earache, não consegui mais a maioria dessas limitadíssimas e disputadas versões coloridas (observem a etiqueta de sold out sobre os discos do Entombed).
Já em relação aos relançamentos - e lançamentos - da americana Relapse, fiquei mais esperto e tratei de comprar antecipadamente (em pre-order) a edição em vinil do ep de estréia do Suffocation - Human Waste -, bem como o novo de estúdio do japonês Coffins.

O novo do Coffins, The Fleshland

O relançamento do clássico ep de estréia do Suffocation

E nada indica que o mercado de relançamentos irá esfriar. Até porque, depois dos vinis coloridos, não será surpresa se versões picture discs desses mesmos álbuns forem disponibilizadas. Enquanto houver compradores, as gravadoras continuarão a inundar o mercado com seguidos relançamentos. Sem embargo, desde que esses relançamentos sejam atrativos, feitos com cuidado e respeito à banda e (principalmente) ao consumidor, não teremos, penso, razão para reclamar.

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Revista Roadie Crew

Desde que a Rock Brigade tornou-se uma caricatura, perdi a vontade de ler revistas brasileiras de metal vendidas em banca (só prossegui com a leitura de zines independentes). Ano passado um amigo próximo - o Gabriel - me mostrou alguns números de uma revista nacional chamada Roadie Crew, que até então eu só conhecia de nome. Embora  a revista seja focada em bandas e estilos mais ligados ao mainstream (pelo menos no metal), gostei da qualidade das matérias. Quando decidi começar este blogue, enviei a resenha sobre o NWN Festival para a revista, oferecendo o material para eventual publicação. Nunca achei que eles fossem se interessar, uma vez que war black metal está longe de freqüentar as páginas da revista. De fato, eles não se interessaram, mas iniciei uma conversa via e-mail com o editor da revista - Cláudio Vicentin - que pode, quem sabe, gerar frutos. Em fins de junho próximo estarei em São Paulo para assistir ao Brazilian Ritual 2. Não há nada certo ainda, mas a resenha que farei do festival pode vir a ser publicada na Roadie Crew (nem que seja em sua edição virtual). Vejamos o que rola. A propósito, divulgo aqui a capa do novo número da revista, que traz matéria especial sobre os grandes discos do heavy metal brasileiro - na minha opinião, o melhor da Roadie Crew é justamente quando ela promove matérias sobre a história do heavy metal e do classic rock. O conhecimento do pessoal que escreve lá sobre isso não é pequeno.


Roadie Crew número 172, maio de 2013

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Dorsal Atlântica "Antes do Fim" e Leviaethan "Smile!" - relançamentos em cd

Saiu! Saiu! Saiu!
Finalmente, depois de mais de duas décadas de espera, é relançado em cd, pela Mutilation Records, um dos discos mais importantes do heavy metal brasileiro: Antes do Fim, lp de estréia do carioca Dorsal Atlântica.
Originalmente lançado em 1986, Antes do Fim trazia o Dorsal em sua fase mais radical, dentro de um cenário metálico nacional que também se radicalizava rapidamente. O famoso extremismo da banda se expressava tanto na música - que muitos bangers mais tradicionais consideravam, na época, excessivamente hardcore - como nas letras - vide, por exemplo, a autoexplicativa Morte aos Falsos. Antes do Fim tem um significado especial para mim. Foi um dos discos responsáveis por me converter de um fã convencional de Iron Maiden e heavy metal tradicional em um fã de speed metal e música extrema em geral. Meu nick name neste blogue é uma homenagem declarada a uma das faixas mais legais desse fantástico disco.
O material constante de Antes do Fim foi remasterizado a partir das fitas masters originais e o som ficou indubitavelmente mais claro. De bônus foram incluídas antigas faixas ao vivo e material bruto das sessões de gravação (com vocal guia e sem solos de guitarra), além de uma curta entrevista de rádio com o Vândalo. Absolutamente obrigatório! Só não entendi por que a capa original foi alterada (ainda que o conceito tenha sido mantido), nem por que mudaram a ordem das músicas do lp. Talvez eu seja muito chato, mas prefiro que os relançamentos preservem escrupulosamente a apresentação primitiva dos discos.
Embora não tão fundamental quanto o Dorsal, outro importante relançamento recente é o primeiro full lenght do Leviaethan, do Rio Grande do Sul. Não sei qual foi a dificuldade que impediu, durante todos esses anos (o lp Smile! é de 1989), o relançamento do velho Leviaethan - o Dorsal eu sei que foi uma briga homérica acerca de direitos autorais. Talvez tenha sido a situação pré-falimentar em que entrou a Rock Brigade, selo responsável pelo lançamento original do lp. Um indício de que houve, sim, problemas com o selo é que esse relançamento é feito de forma independente pelo próprio baixista\vocalista da banda, o Flávio Soares. Seja como for, o que importa é que esse clássico lp está novamente disponibilizado, agora em versão digital. Ao que parece não houve remasterização. O som é estritamente o original. De bônus foi acrescentada a demo de 88, Thrash your Brain. Mais uma ótima banda pinçada do lendário cenário thrash metal oitentista brasileiro.


A capa original do Antes do Fim

A capa do relançamento

A capa do Smile!, do Leviaethan

PS: A Mutilation promete ainda para o primeiro semestre deste ano de 2013 uma versão gatefolded em vinil do Antes do Fim. Item de colecionador!