domingo, 3 de novembro de 2013

Entrevista com Ritual Butcherer (ARCHGOAT) - final

4) Como você vê a evolução da banda desde a primeira demo, “Jesus Spawn”, gravada em 1991, até o último ep, “Heavenly Vulva”, gravado em 2011?

RITUAL BUTCHERER – “Não vejo grandes diferenças. Quando começamos a banda, nós já sabíamos o tipo de som que queríamos. Nossa música sofreu pouquíssimas mudanças. Por exemplo, eu sempre uso o mesmo equipamento para gravar. Agora nós temos músicas (inteiramente) lentas. Nosso novo baterista (Sinisterror) é mais rápido do que o antigo. Isso nos dá a possibilidade de fazer um som mais rápido também.”


5) A volta da banda foi marcada pelo lançamento em vinil de um ep de três faixas, com material gravado em 1993. Há ainda mais algum material inédito da banda daquela época ou mesmo de outra? Se houver, vocês pretendem lançá-lo?

RITUAL BUTCHERER – “Daquela época (1993) nós até tínhamos mais algumas músicas, mas não iremos lançá-las. Eu tinha (as gravações), mas as perdi. Já era. Temos algumas (músicas inéditas) da gravação do ‘Whore of Bethlehem’. Vamos incluí-las no relançamento, em vinil e cd, do álbum, mais para o final do ano. Esse relançamento terá coisas especiais.”


6) Li em uma entrevista antiga que você é fã de grindcore old school. É uma influência importante para o som do Archgoat?

RITUAL BUTCHERER – “Eu adoro grindcore antigo. Carcass é a minha banda favorita. Se você escutar o ‘Reek of Putrefaction’ (primeiro lp do Carcass) e escutar o ‘Angelcunt’ (primeiro mini lp do Archgoat), verá que nós temos alguns elementos do Carcass, do antigo Carcass.”


7) Vocês tocaram recentemente na Tailândia. Antes, tocaram nos EUA. Agora vão tocar no Brasil. Como é para a banda tocar pela primeira vez nesses lugares? Você vê alguma diferença importante entre os públicos desses países?

RITUAL BUTCHERER – “É sempre interessante ir para esses lugares. A Tailândia foi especial. Mas o Brasil é realmente meu lugar favorito. Veja, o Sarcófago tem sido uma das minhas maiores influências. Eles influenciaram o meu jeito de compor música. Agora, vinte e quatro anos depois, nós estamos aqui, dando isso de volta ao Brasil. Esse tipo de versão do Sarcófago como nós a tocamos. Então, vir aqui para o Brasil é fantástico para nós. Os Estados Unidos são um lugar legal para se tocar, mas a cena deles não é como a daqui ou a da Tailândia. Esses são realmente lugares especiais.”


8) Então, provavelmente, você é um grande fã de toda aquela cena deathcore antiga de Belo Horizonte...

RITUAL BUTCHERER – “Sim. Eu coleciono as bandas. Tenho muitos daqueles discos antigos da Cogumelo, tipo Sepultura – realmente amo o ‘Morbid Visions’ – Sarcófago, Sex Trash, Vulcano.”


9) O Archgoat e o Black Witchery tocaram ano passado juntos na Noruega e, um pouco antes, na Finlândia. Parece que as bandas têm uma ligação forte, certo?

RITUAL BUTCHERER – “A galera do Black Witchery é nossa irmã. Antes de conhecermos os caras nós já adorávamos a música deles e eles, a nossa. Quando nos conhecemos pessoalmente (uma ligação foi criada). Nós estamos felizes de tocar com eles. Para sempre. É um ótimo pessoal.”


Ritual Butcherer e Caçador da Noite

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