domingo, 24 de março de 2013

Skullhog "The Evil Dead"

A lista de bandas de metal explicitamente influenciadas por filmes sanguinolentos de horror é extensa. Mortician, Impetigo, Gruesome Stuff Relish, Necrophagia, Blood Freak são nomes que vêm fácil à cabeça. O holandês Skullhog é uma das últimas adições à lista. Não que os caras sejam novos na cena. Sob o nome Bile já militavam no underground metálico há tempos, tendo gravado, inclusive, um disco conceitual (Camp Blood) sobre a saga Sexta-Feira 13. Agora, o filme homenageado é o clássico The Evil Dead. Mas não foi somente o filme tema que mudou. O som do Skullhog, embora conserve similaridades, é diferente do som do antigo Bile. Enquanto este atacava de splatter old school com muitas partes cadenciadas e meio-tempo, o Skullhog é menos hermético, mesclando influências tanto do splatter quanto do death metal clássico. Em certos momentos, soa como um Autopsy do Mental Funeral mais estruturado em cima do splatter. As guitarras (afinadas muito abaixo do convencional, como é praxe no estilo) despejam riffs absurdamente pesados e cheios de camadas, que envolvem a música num clima de distorção abissal. O baixo podrão mas bem discernível também chama a atenção. Num momento ou noutro irrompe um groove imundo meio grind 'n' roll, como na fixa título The Evil Dead, que vai na linha do que o Pungent Stench fez no Been Caught Buttering e do que o Mucupurulent, da Alemanha, costumava fazer no início da carreira. Contudo, esses momentos são breves. A proposta do álbum, sem dúvida, é investir no peso fúnebre. Até por isso, não há passagens grind, abundando as doom. Pena que o disco tenha apenas vinte e dois minutos. Dada a qualidade da música, não seria nada demais ter-se dobrado seu tempo de duração. Justa homenagem de uma excelente banda para um excelente filme.


The Evil Dead - o disco


The Evil Dead - o filme

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